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quinta-feira, 2 de abril de 2015
PERIGO DE VERÃO. DESIDRATAÇÃO EM IDOSOS.
DESIDRATAÇÃO EM IDOSOS - Perigo do verão
Categoria(s): Cardiogeriatria, Nefrogeriatria
8/11/2006 - 11:40 Por: Dr. Armando Miguel Jr
Comentando o assunto
A água corresponde a cerca de dois terços do peso corpóreo, sendo que apenas 8% do total se encontram na corrente sanguínea. No entanto, apesar de ser um volume relativamente pequeno, é muito importante mantê-lo constate para o bom funcionamento do corpo.
O verão de 2003 na Europa foi uma grande lição para todos. Lá, mais de 35 mil
pessoas morreram por causa do calor. Com a chegada do verão é preciso ficar atento aos idosos. A desidratação (freqüente neste período) é a perda excessiva de água do organismo, provocando também a perda de sais minerais e orgânicos. O calor faz com que o corpo crie mecanismos de troca térmica entre a pele e o ar, mas a partir de certa temperatura (em torno dos 25º) o corpo começa a transpirar e, conseqüentemente, a perder mais água. A falta de ventilação, a alta umidade relativa do ar e o vestuário inadequado são algumas das causas que podem levar a transpiração.
A desidratação é uma doença grave, principalmente para os idosos. Por isso, é preciso saber reconhecer os sintomas mais comuns como sede intensa, reduzida eliminação de líquidos pelas vias urinárias, boca e lábios secos, pulsação rápida e olhos secos e “encovados”.
Para manter esse equilíbrio, os indivíduos saudáveis com função renal normal e que
não transpirem muito, devem ingerir pelo mesmo um litro de líquido por dia. O ideal é que se ingira de um litro e meio a dois litros por dia para evitar a desidratação e também contra a formação de cálculos renais.
A desidratação acontece quando a eliminação de água do corpo é maior que a sua
ingestão. O vômito, a diarréia, o uso de diuréticos, o calor excessivo, a febre e a redução da ingestão de água por qualquer razão podem acarretar na desidratação. Doenças como o diabetes e as enterocolites também podem levar a desidratação devido a grande perda de líquido.
Ao tornar-se grave, a desidratação pode causar confusão mental podendo evoluir ao
coma, já que as células do cérebro estão entre as mais propensas a desidratação. A pressão arterial pode cair, causando tontura ou sensação de perda iminente da consciência, podendo provocar choque e lesões graves em órgãos internos como rins, fígados e cérebro.
O tratamento da desidratação leve pode ser feito através da simples ingestão de água natural. Bebidas isotônicas, formuladas para repor sais minerais, podem ser tomadas para evitar a desidratação ou tratá-la. Em casos de queda de pressão arterial levando ao choque, é comum a administração intravenosa de soluções que contém cloreto de sódio. É importante tratar as causas da desidratação, além da reposição de líquido.
Referência:
Manual Merck Saúde para a família - Seção 12 - Distúrbios da Nutrição e do Metabolismo,
Capítulo 136 - Equilíbrio Hídrico.
www.medicinageriatrica.com.br/2006/11/08/saude-geriatria/desidratacao
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